A construção da escola inclusiva : um estudo sobre a escola em Bragança
Autoria(s):
- Ferreira, Maria da Conceição Duque Fernandes;
Data(s):
- 2007-09-18T09:51:56Z;
- 2007-09-18T09:51:56Z;
- 2003;
Tipo: book
Publicador(es):
- Instituto Politécnico de Bragança;
Assunto(s):
- Escola inclusiva;
- Crianças com necessidades educativas especiais;
Contribuidor(es):
- ;
Direitos: openaccess
Formato:
Idioma: por
Descriçao
O tema do trabalho, «A Construção da Escola Inclusiva- um Estudo sobre a Escola em Bragança», é estudado em duas vertentes.
Numa primeira vertente, teórica, a autora procura constituir os fundamentos da defesa da integração escolar como melhor via para a educação das crianças com necessidades educativas especiais, aparecendo tal defesa fundamentada, essencialmente, nas teorias cognitivistas e da aprendizagem social, na teoria ecológica, na teoria da democracia do Estado Providência como garantia da igualdade de oportunidades e nas próprias práticas e investigações em Educação Especial.
Ainda nesta vertente, a autora reconstitui o movimento histórico para a integração, ilustrando as forças em presença na caminhada de modelos educacionais segregacionistas para modelos educacionais inclusivos, e nomeadamente a evolução conceptual daí derivada, enraizando-se em tal movimento de inclusão pedagógica o próprio conceito de necessidades educativas especiais.
Ao mesmo tempo, a autora reconstitui a evolução legal dos modelos de educação de deficientes e a evolução simbólica implícita nas formas de designação do deficiente.
A autora termina esta parte teórica com a análise das modalidades de integração, quer na sua emergência histórica, quer na situação actual.
Numa segunda vertente, empírica, a autora analisa, através de questionário as atitudes dos professores do 1º ciclo do ensino Básico, na cidade de Bragança, em relação à integração, bem como as práticas organizativas da integração em termos de modalidades de integração e práticas de diferenciação e diversificação curricular e pedagógica.
A conclusão é a de que há muitas barreiras simbólicas à integração. Os professores ainda não concordam maioritariamente com a integração de crianças com necessidades educativas especiais não ligeiras no ensino regular, apesar de, significativamente, reconhecerem que elas tiram muitas vantagens dessa integração e que tal integração contribui para a realização dos os objectivos da sociedade democrática.
Quanto às práticas de integração, elas aproximam-se dos modelos oficialmente estabelecidos, sobretudo em termos de apoio pedagógico na sala de aula, ficando claras as estratégias de diferenciação pedagógica pelas vias de acesso ao currículo (currículo adaptado e currículo alternativo), mas não sendo possível descrever os processos de diferenciação pedagógica pela via da adaptação das estratégias de ensino às necessidades dos alunos, por tais estratégias serem internas à sala de aula e, em consequencial, não terem sido observadas.